É interessante perceber a importância de uma tradução bem-feita fora do âmbito das artes (filmes, livros, séries e afins) ou do corporativo (materiais institucionais, eventos, campanhas, entre outros), bem como a falta dela: já pararam para pensar como uma tradução equivocada pode prejudicar um negócio, um governo e até as vítimas de um acidente aéreo?
O caso Varig RG-2534
O caso que trazemos hoje é da queda do Varig RG-2534, ocorrida no Brasil (mais precisamente no Parque do Xingu) em setembro de 1989. Um avião que saía de Marabá (no Amapá) rumo a Belém, capital paraense, pegou uma rota oposta à indicada e depois de voar por horas sem rumo ou informações de navegabilidade, caiu em plena floresta amazônica, aterrissando na copa das árvores e matando boa parte dos passageiros.
Na ocasião, a Seleção Brasileira jogava contra o Chile em pleno Maracanã, numa partida eliminatória para a Copa de 1990, na Itália. Foi aventado que o piloto estaria ouvindo o jogo pelo rádio e, por isso, se distraiu e leu as coordenadas de voo erroneamente. O que ocorreu, na verdade, é que o plano de voo continha uma informação em numeral que sinalizava o destino, mas por estar mal pontuada, foi lida equivocadamente e por isso o voo teve o destino que teve.
Investigações internacionais e nacionais
Todo acidente aéreo dispara uma investigação nacional e internacional, visando compreender as causas de cada desastre e prevenir os mesmos erros no futuro. É assim que a segurança aérea opera, e quando a investigação contribui para o processo legal de punição dos responsáveis e indenização das vítimas, a tradução perfeita da investigação internacional é imprescindível para a correta aplicação da lei e do cumprimento das medidas judiciais cabíveis.
No caso do Varig RG-254, a tradução omitiu pontos importantes dos eventos que levaram à queda, prejudicando as vítimas e punindo de forma branda os envolvidos.
Todo e qualquer documento traduzido precisa ser tratado com o cuidado e o respeito que merece, e para que isso ocorra a compreensão da importância daquele material por parte do tradutor é fundamental para que este seja usado da forma mais justa e isenta possível.
E você, conhecia este caso?
Fica aqui a sugestão da leitura que inspirou esse post, o livro Caixa Preta, de Ivan Sant’ Anna, publicado no ano 2000 pela Ed. Objetiva.
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